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terça-feira, 15 de setembro de 2009

1999 - O início do namoro

Foi no ano de 1999, quando eu era ainda uma criança a entrar na temida fase da adolescência, que começou a nossa história de amor.
Temos família em comum (o irmão da minha mãe é casado com a irmã do pai dele, ou seja, temos tios e primos em comum), e por isso é difícil concretizar o dia, o momento em que nos conhecemos. Provavelmente desde sempre. Mas não é desde sempre que nos olhamos com um olhar especial. Não, a magia começou cedo, mas não tão cedo. Até porque em criança eu devia ser tudo menos mágica. Que o diga o meu amor (que a partir de agora será o F. (também por razões óbvias não vou dizer o nome)), que às vezes verbaliza os seus “traumazitos” de quando eu ia com a minha mãe para a escola dela. Sim, porque a minha mãe já foi professora dele, quando tínhamos ambos 5 anos de idade. Mas confesso que esta é uma fase que ele se recorda melhor que eu. A minha memória a longo prazo é péssima. Mas quando se trata de uma data tão longínqua até tenho desculpa :p (oh amor tu lembraste melhor que eu porque já nessa altura eu lançava o meu charme…brincadeirinha).

Agora perguntam-me: quando é que eu comecei a notar a existência do meu amorzinho? Ora bem, eu devia ter à volta de onze anos. E diz-me a minha prima na altura que o primo dela (outro (L.), não o F.) me achava uma certa graça. E eu, que nunca tinha reparado no rapaz, conheci-o melhor nessa altura. Só que esse outro fazia-se acompanhar por um primo ligeiramente mais velho (e bem giro por sinal) quando fazíamos certos programas em que a nossa prima também nos acompanhava (já se sabe que quando somos crianças há sempre intermediários no início dos namoros :p…ainda mais quando os dois são igualmente tímidos, como era o caso). E era ao primo mais velho, que na altura eu julgava que era muito mais velho e inatingível (sim, porque para mim um rapaz com todas aqueles atributos estava longe de poder algum dia ter o mínimo interesse em mim…sempre tive uma auto-estima muito alta…) que eu começava a achar graça. E, quando o L. decidiu me pedir em namoro, eu não consegui responder. Pois é, estava apaixonada…pelo primo dele! Esta parte parece mesmo um romance de uma daquelas revistas para adolescentes, mas é a minha história J. Isto passou-se durante o verão e início do Outono de 1999. Depois de o L. ter percebido que eu não estava muito inclinada para ele, começou a afastar-se e foi aí que a coisa realmente começou.

Já não me recordo de tudo com pormenores. Também já se passaram dez anos. Mas o essencial da nossa aproximação deu-se por intermédio da nossa prima em comum (a A.), que falava com ele e depois me vinha contar tudo, claro :p. Então num certo dia ela disse-lhe que eu estava interessada noutra pessoa que não o primo dele, daí não ter aceite o pedido de namoro. E ele insistiu muito com a nossa prima para saber em quem é que eu estava interessada. Insistiu demais. Era estranho para mim o interesse dele. De repente eu não era assim tão insignificante. Afinal nunca fora. Claro que um dia a A. cedeu e lhe disse que eu gostava dele. O meu coração disparou quando ela me disse que ele também gostava de mim. Fiquei sem chão! O primo mais velho e inatingível também gostava de mim!!!

Aproxima-se então a fase do início do namoro. Um início que não foi nada facilitado pelos meus pais. E talvez aí também esteja uma grande parte da justificação do meu problema, mas sobre isso falarei mais tarde. Neste momento o mundo era perfeito e tudo eram rosas! Ele estava apaixonado por mim!

Foi então no mês de Dezembro, em que os meus pais foram viajar durante um fim de semana, que eu e o F. fomos ao cinema e ele me pediu em namoro. Não, não se ajoelhou :p. Não, não me agarrou na mão. Não, também não me beijou (isso só chegou dois meses depois…sim, dois meses, e não foi bem ele que tomou a iniciativa, mas sobre isso também falarei depois). Se olhou para mim? Também não sei…eu não olhei para ele :p. Estava tão ou mais nervosa que ele. Basicamente nós fomos ao cinema com o propósito de ele me pedir em namoro. Claro que a nossa intermediária não me podia deixar ir desprevenida para um momento tão importante da minha vida como este, e por isso eu ia bem informada do que ia acontecer. Confesso que numa certa altura cheguei a maldizê-la porque o filme já ia quase no fim e nada de pedido de namoro. “Queres ver que é mentira? Que não vou ser nada pedida em namoro?” Mas não, lá quase no fim do filme o rapaz conseguiu abrir a boca (coitadinho estava tão nervoso!) e fez A pergunta. Mas desta vez eu respondi. “Sim”. Claro que sim. Óbvio!! Era tudo o que mais queria. Estava tão feliz…e nervosa, muito nervosa. Mas nesse dia foi tudo. É verdade. Acabou o filme e lá fomos nós cada um com a sua “vela” (eu com a nossa prima e ele com o dele) e cada um foi para a sua casinha feliz da vida.

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