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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Meninas,
Tenho muitos muitos e-mails para responder, de há muito tempo, não tenho conseguido responder mas prometo que ninguém vai ficar sem resposta. Estou a me esforçar por pôr tudo em dia. Esperem pela resposta que ela vai chegar logo logo. 


Beijos a todas

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Novidades

Queria que soubessem que continuo deste lado, embora sem muito tempo disponível. Continuo respondendo aos e-mails demorando mais tempo do que gostava mas aguardem que eu respondo sempre.


Queria dizer-vos também que superei mais um grande obstáculo na minha vida. Consegui ultrapassar o fim do meu namoro de 10 anos, com aquele que foi o meu parceiro nesta luta. Passados quase 4 meses, sinto-me muito melhor e cheia de forças para voltar a ser feliz.


Quanto à parte sexual, confesso que com o fim do namoro voltaram algumas inseguranças. Não tenho relações sexuais desde que terminei o meu namoro e tenho que admitir que há um minhoquinha assim pequenina na minha cabeça que de vez em quando me atormenta com a ideia de, quando eu tiver outro parceiro, posso não conseguir ter sexo normalmente, outra vez. 
Mas logo depois apercebo-me de que não é um pensamento racional e que vai correr tudo bem. O problema estava em mim, eu estou curada, portanto não vai acontecer com mais ninguém. De qualquer forma voltei a exercitar uma vez com um amiguinho, só para confirmar que continuava tudo certo lá para dentro e posso confirmar: não mudou nada.

Beijos a todas e continuem firmes na luta, nunca desistam que o nosso problema tem cura, e não é tão difícil como parece. Palavra de quem já se curou.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Desculpem

Tenho lido os vossos e-mails mas ando tão em baixo que nem sempre tenho forças para responder.
Estou a ultrapassar, sem dúvida, o momento mais difícil da minha vida até hoje (pior ainda que a decepção de anos de não conseguir fazer sexo normalmente), e às vezes pensar neste assunto e me esforçar em vos dar ânimo não é fácil. Por isso espero que compreendam a minha demora em responder aos e-mails. A resposta pode tardar mas vai chegar.
Beijos a todas

domingo, 11 de julho de 2010

Faz hoje um ano

Que eu consegui vencer a minha luta contra o vaginismo.
Lembro-me, com saudade, desse dia tão feliz, agora que estou longe do meu amor para comemorar esta alegria com ele.
Meninas, nunca desistam da vossa luta porque no dia em que conseguirem ultrapassar este obstáculo vão sentir-se imensamente realizadas e orgulhosas de vocês próprias. É uma vitória deliciosa, que todas vão conquistar. Basta querer.
Beijos a todas

domingo, 27 de junho de 2010

O verdadeiro dia em que eu consegui

Com o meu relacionamento mesmo a dar as últimas, com o coração muito apertado e num sofrimento sem fim, venho aqui vos contar do dia em que consegui, verdadeiramente, a primeira penetração. Isto porque os próximos meses ainda vão ser muito mais dolorosos do que estes dias já estão sendo, e não sei quando volto a conseguir escrever aqui no blogue sobre este tema em particular (mas vou continuar por aqui e a responder aos vossos e-mails, não se preocupem).
E então é agora. Tem que ser. Vocês merecem.
Quem quiser relembrar a primeira vez em que tentei e só consegui metade pode ver neste post.

Mas então, depois da primeira tentativa com o "verdadeiro", e depois de só conseguir metade, não insistimos mais, parámos e na próxima semana eu continuei a exercitar com o amiguinho maior, sem desanimar nunca. A verdade é que, mesmo só tendo conseguido metade e tendo doído, eu não desanimei mesmo, nem deixei de acreditar que ia conseguir por um segundo. Claro que fiquei um pouco triste, isso é natural, mas continuei a acreditar sempre. Porque quando entra um amiguinho do tamanho dum pénis normal, TEM que entrar o verdadeiro. Certo? É assim que temos que pensar porque é essa a verdade.

E então, depois de uma semana mais ou menos de exercícios, eu ganhei mais confiança e consegui, no dia 11 de Julho de 2009, a primeira penetração completa. Doeu um pouco, claro, mas nada de insuportável.
Quando acabámos de fazer amor eu chorei de alegria. Foi das maiores alegrias da minha vida, sem dúvida! Nunca vou esquecer esse dia. Foi sem dúvida o dia da minha maior vitória até hoje. Eu consegui, meninas, Nós conseguimos. Todas nós conseguimos!

Isto aconteceu ao início da tarde. Depois fui ter com as minhas amigas, iamos ao shopping, depois jantar todas juntas e sair à noite. Nem sei vos explicar como é que me senti nesse dia. Não para de me olhar ao espelho e pensar "eu, K., consegui. Eu já não sou virgem" (qual adolescente - homem, claro, que as mulheres nestas coisas são diferentes - em êxtase). E senti-me muito muito especial.
Acima de tudo, senti um grande orgulho em mim, porque ultrapassei um obstáculo gigante na minha vida.
Espero que este post não sirva para entristecer ninguém mas, pelo contrário, dar força a todas para continuares a lutar pea vossa cura, como eu lutei. E venci!

sábado, 12 de junho de 2010

Só para saberem que continuo por aqui e para vos dar uma palavrinha de ânimo (e correndo o risco de ser repetitiva), aqui estou eu.
Quando pensarem que não vos apetece fazer os exercícios, e mesmo que achem que têm uma justificação bastante válida para isso (a maioria delas não passam de desculpas cobardes, a verdade é essa e vocês sabem disso) pensem que no dia seguinte ainda vai custar mais, e no depois do seguinte ainda mais, e assim sucessivamente.
Há duas semanas mais ou menos eu já estava a pegar no carro e conduzir quase sem ficar nervosa. Parei uma semana (uma semana só!!) e quando voltei a pegar nele já estava super nervosa.

Cada dia que passa sem praticarmos é mais um bocadinho de insegurança que se cria dentro de nós, que só vai dificultar as coisas.
O truque é fazermos um compromisso connosco próprias e tornar os exercícios, que temos que fazer em prol da nossa cura, rotinas diárias, obrigatórias (tais como comer, tomar banho, etc). Sem isso é muito mais difícil conseguir.
Acreditem em mim que eu sei bem do que falo.
Força meninas!

sábado, 29 de maio de 2010

Meninas, decidi responder à pergunta da Dani quanto ao meu último post num post para todas lerem.
Confesso que não disse como é que a menina se curou de propósito, porque fico sempre meia reticente de vos dizer que podemos alançar a cura sem terapia. Mas foi isso que aconteceu com mais esta menina. Que conseguiu se curar em dois meses (olha que maravilha!!). A única coisa que eu fiz foi dar as indicações que tenho dado para todas vocês, de fazer os exercícios gradualmente com objectos cada vez mais largos. Eu não sei se o facto de a menina estudar psicologia a ajudou a se curar mais rápido, vocês acham que pode ajudar? A verdade é que foi bem rápido.

Mas meninas, queria só deixar aqui claro que, apesar de, efectivamente, ser possível a cura sem terapia, acho que, regra geral, é bem mais difícil e pode levar muito mais tempo, pelo que aconselho quem tenha possibilidade (e cuidado com aquelas desculpas que dão a vocês próprias para não fazerem terapia!!) que faça sempre terapia. Até porque há a parte psicológica que convém ficar resolvida, sob pena de mais tarde podermos voltar a ter problemas (mas esta última parte é uma mera suposição minha, não se assustem!).

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Mais uma cura

Amigas,
Troquei e-mails durante uns tempos com uma amiga com vaginismo. Ela fez os exercícios direitinhos e, esta semana, conseguiu a penetração!
Mais uma vitória! Mais uma esperança para todas vocês!
A força de vontade é meio caminho. A outra metade do caminho é feita pela persistência com os exercícios.
E dessa forma todas vão conseguir!
Beijos grandes para todas

sábado, 22 de maio de 2010

A todos os meus leitores e leitoras,
Queria só vos dizer que não desapareci (como dizem os brasileiros, não sumi não, viu :p?).
Ando só com falta de ideias para posts mas se tiverem sugestões eu aceito e até agradeço. Qualquer dúvida que tenham e que achem que pode ser útil a mais alguém, desde que eu saiba responder vocês já sabem que eu faço tudo o que pode para vos ajudar (espero).
Beijos grandes a todos

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O verdadeiro fim

Lembram-se que eu disse, faz hoje duas semanas, que só iria à terapia daí a duas semanas, depois daí a um mês e depois passados três meses?
Fui lá hoje contar como correram estas duas semanas.

Eu estava receosa de começar a sentir falta da terapia só por saber que ia deixar de ir.
Não senti, mas tenho receio que isso tenho acontecido porque eu sabia que ainda tinha a consulta de hoje marcada, e então parecia que ainda não tinha acabado de verdade, sabem?
E então hoje fui lá. Não tinha muitas novidades para contar. Falámos menos de meia hora até. E ela no fim disse para marcarmos só para daí a três meses, com certeza pelo facto de eu ter dito que a ideia de deixar de ir às consultas não me tinha perturbado durante estas duas semanas.

Julgo que quando a consulta acabou eu ainda não tinha caído bem em mim que aquilo acabou mesmo. Agradeci-lhe por tudo. Não fui muito entusiasta, mas isso foi porque durante todo o tempo ela sempre se mostrou uma pessoa muito calma e mantendo uma certa distância, daí eu não ficar muito à vontade para exteriorizar muita sentimentalidade (parece estranho dizer isto quando estou a falar de consultas de psicologia mas é verdade, foi mesmo assim). Quando nos despedimentos ela aproximou-se para me dar dois beijinhos. Confesso que não estava à espera.

Agora à tarde, quando estava a regressar para casa, de carro (ainda soa muito estranho esta parte...), começou a dar uma música toda lamechas e eu, parada no semáforo, cai em mim nesse momento. Acabou. Estou mesmo por minha conta. Depois de um ano e meio. Ui, até me arrepiei!

Desculpem esta lamechice toda, mas hoje estou em retrospecção. Eu volto dentro de pouco tempo recuperada do choque, prometo =)!
E não se preocupem que continuo por aqui para vos ajudar em tudo o que precisarem. Já sem terapeuta. Mas sempre com a minha experiência, que é o que vos interessa.


sexta-feira, 7 de maio de 2010

Confesso, achei a ideia do msn muito boa, mas há dois pormenores que provavelmente não tive em conta.
Um deles é o de que a maioria de vocês é brasileira, e aqui em Portugal são 4 horas mais tarde do que pelo menos grande parte do Brasil (do tamanho que é, penso que devem existir horas diferentes dentro do próprio país...corrijam-me se eu estiver errada) e eu costumo entrar no msn mais à noite, e vocês também, provavelmente, só que devem entrar mais tarde do que eu, devido à diferença horária, e acabamos nos desencontrando muito, não é verdade meninas?

O outro pormenor é o seguinte: por mais que eu tenha um carinho especial por todas vocês (que tenho mesmo, e acho que transmito isso sempre que falo com cada uma, mais por e-mail do que por msn), a verdade é que as nossas histórias são todas muito parecidas, e nesta altura do campeonato a minha lista de contactos já tem para cima de 30 endereços, e é impossível eu saber todas as vossas histórias de cor (sei melhor as das que me escrevem com  mais frequência) e os e-mails antigos ajudam-me muito a relembrar os pormenores específicos de cada uma de vocês...coisa que o msn não permite! Pelo que pedia às meninas que, mesmo assim, preferirem conversar no msn, que tenham alguma paciência em aguardar que eu um dia apareça (é preciso tirar algum tempo para ter uma conversa minimamente decente sobre este assunto) num horário compatível para as duas mas, mesmo assim, que me escrevam primeiro um e-mail contando a vossa história e em que situação é que estão, para eu ficar com a "cabulazinha" e, quando falar com vocês, já estar mais inteirada do vosso caso. E digam-me que gostavam de falar comigo no msn também.
Por tudo isto, confesso, prefiro continuar a trocar e-mails com vocês (as que estiverem interessadas nisso, claro), mas para quem quiser falar com outras meninas no msn com o mesmo problema enviem-me o vosso e-mail e autorizem-me a divulgá-lo às outras meninas que tiverem a mesma vontade, se quiserem também trocar confidências umas com as outras. Afinal de contas, estamos todas a lutar pelos mesmos objectivos, não é verdade?

E, por último, peço desculpas por estar a demorar mais a vos responder aos e-mails ultimamente, mas é que cada vez recebo mais e não é fácil responder a todos com rapidez, mas eu não vos abandono, prometo, ok meninas?

Beijão para todas e lutem sempre, contando com a minha ajuda para o que for preciso!

domingo, 2 de maio de 2010

"De alguma forma, eu sempre senti que não seria capaz de fazer sexo"

Estava a ler sobre um livro que me foi indicado pela Dani sobre uma mulher que teve vaginismo e fala um pouco de tudo, desde as origens do problema aos sentimentos por que as mulheres passam, aos tipos de tratamento que se fazem (uns adequados, outros nem por isso) e à cura (pelo que diz no site tem depoimentos de várias mulheres).
Adorava ler esse livro!
Mas o que me chamou mais atenção no texto foi a parte em que a autora diz "“De alguma forma, ainda criança, eu sempre senti que não seria capaz de fazer sexo”.
Vocês não sentem/sentiram o mesmo? É que mal li essa frase pensei logo "eu também, completamente!!". E, mais "engraçado", isso também sempre aconteceu comigo em relação a conduzir. Apesar de, graças a Deus, nunca ter tido nenhum acidente de viação que me lembre (muito menos grave), desde há muitos anos que de vez em quando tenho pesadelos em que estou a conduzir e de repente não consigo controlar o carro. E sempre tinha a ideia estúpida que um carro nas minhas mãos não funcionaria.
E em relação ao sexo, apesar de não ter pesadelos sobre o tema, eu fui para a minha suposta primeira vez praticamente com a certeza que não ia conseguir.
É estranho isso, não é? Também vos aconteceu?

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Novidades da terapia semanal

Antes de mais, acho que estou (pelo menos) oficialmente curada no que toca à condução.
A médica já me tinha dito que esta semana era para eu arranjar um endereço qualquer onde nunca tivesse ido mas numa zona que conhecesse minimamente (claro).
Sabem, mais uma vez foi daquelas coisas que eu só fiz porque foi com a terapeuta. Porque não me apetecia mesmo nada fazer. Porque estava bastante ansiosa. Porque estava sol e queria ir para a praia com o meu namorado. Porque pensei "eu já estou curada, que seca, não me apetece ir fazer isto". Mas tinha consulta marcada, tive que ir.
E porque é que eu estou pelo menos oficialmente curada? Porque fui (mais ou menos...) obrigada a fazer a rotunda do Marquês de Pombal (para as meninas brasileiras, é a rotunda maior e mais temida pelos condutores da minha categoria, com cinco filas),e não é que consegui?? É verdade!

E isto funciona exactamente como o vaginismo. Primeiro porque basta passar uma vez num lugar que eu nunca tinha passado antes que já o desmistifico e a partir daí passo a fazê-lo, ainda com algum medo, mas vou fazendo e aos poucos torna-se um lugar seguro. E depois porque apesar de eu neste momento estar curada, não sou ainda propriamente um Colin Mcrae (é piloto de Fórmula 1 não é? nem sei se se chama assim, mas vocês percebem a ideia :p) e ainda tenho medos. Mas já não evito. E, tal como no vaginismo, vou continuar a treinar aos poucos, até ao dia em que já não me vai custar absolutamente nada e só vou retirar a parte boa de conduzir.

Quanto àquela história da tricolo qualquer coisa (aquilo de arrancar os cabelos), tenho boas notícias. Eu não sofro disso, porque isso consiste mesmo em agarrar nos cabelos, um por um, e puxá-los mesmo com força para arrancar. Eu não faço isso. Puxo e dá-me prazer se vier cabelo (é um facto, tenho vergonha de dizer mas é um facto, e daqui a uns meses também vai deixar de ser, espero!), mas não arranco daquela maneira. Aliás, não era capaz. Isso deve doer!!
E então quanto a puxar o cabelo a dica é consciencializar-me de quando estou a fazê-lo, e quando isso acontecer tento imobilizar as mãos durante um tempo, ou ocupá-las com um objecto qualquer, ou se o meu fiscal (mais conhecido por namorado :p) estiver por perto agarra-me na mão gentilmente e dá-me um abraço (isto porque as pessoas não precisam saber que estão perante uma obcecada em puxar o cabelo, right?). E não é preciso continuar na terapia por causa disso =).

A médica perguntou-me quais eram os meus objectivos agora na terapia. Eu disse-lhe que, sinceramente, já me sinto uma pessoa "normal", e acho que consigo lidar sozinha daqui para a frente com os problemas que tenho (até porque não vou ser propriamente jogada no mundo sozinha, tenho família e amigos!!). Então agora, para não ser uma separação dura (cisto de ter uma relação de quase dois anos com a psicóloga é mais do que duram muitos namoros e cria alguma dependência, a verdade é essa!!) vou voltar ao consultório daqui a duas semanas, depois daí a um mês, depois daí a três meses e então, aí, estarei definitivamente "largada" nesse mundo cruel por minha conta e risco.
Parece-me bem. Acho que já está na hora. Foi bom enquanto durou, mas agora há que pôr um ponto final na nossa história (:p). Acho que estou pronta para continuar o caminho pelos meus próprios passos, sem muletas. Já sou grandinha, já faço sexo, já conduzo...acho que sim, que já faço tudo o que as pessoas crescidas fazem, por isso tenho que ter vida de pessoa crescida. Não é verdade?
Beijos para todas (das mais recente condutora oficial de Lisboa...que está com medo de levar o carro hoje para a faculdade porque o namorado foi passar o fds fora e se alguma coisa correr mal ele está a 200km de distância, mas que VAI levar a porcaria do carro, ai vai sim senhora!!)

P.S. Ontem atendi o telefone ao meu pai quando estava a conduzir, pela segunda vez esta semana, só para dizer que não podia falar porque estava a conduzir. E ele ficou tão orgulhoso (eu sei que foi por isso) que praticamente gritou um "ADORO-TE" que o que queria verdadeiramente dizer era "estou tão orgulhoso da minha menina!". E estas coisas sabem sempre bem aos ouvidos! Sabem ou não sabem?

terça-feira, 27 de abril de 2010

Estou triste!

Bom, e já que a greve dos transportes não me deixou sair de casa , aqui estou eu...tudo bem que ontem foi a primeira vez que, finalmente, consegui levar o carro sozinha para a faculdade (iupi!!) mas também não me vou aventurar logo no segundo dia a sair em hora de ponta quando TODA a gente vai levar o carro hoje para o trabalho...era da maneira que recuperava o trauma todo e tinha que voltar ao início!
E agora perguntam-me vocês "porque é que estás triste?". Ora bem, porque isto de cada vez que se resolve um problema aparentemente insolúvel se descobrir outros que vão aparecendo em catadupa (acabei de ver esta palavra no programa "bom português" e apeteceu-me usá-la :p) não está com nada...
Caramba, eu já achava mesmo que estava a ficar uma pessoa normal...qual quê?? Quando é que eu me convenço que isso NÃO vai acontecer??
Na semana passada a minha terapeuta disse-me (ainda não vos tinha contado) que depois de fazermos um exercício específico com o carro (eu vou escolher três endereços aleatoriamente, procurá-los no google estabelecendo pontos de referência, e vou ter que conduzir até eles...é o último dia da terapia com o carro), eu estaria "dispensada" da terapia, um ano e sete meses depois!! E eu fiquei toda contente porque, para além de, desde Outubro, estar a ir lá TODAS as semanas (o tratamento do vaginismo era só de 15 em 15 dias), e a cada duas semanas ter duas consultas seguidas (uma a conduzir, outra de psicologia normal), confesso que acho que as consultas de psicologia (no consultório, não as da condução) já não fazem muito sentido...não tenho nada de especial para contar, aparentemente a minha vidinha está bem normal, pelo menos acho que se assemelha à de qualquer ser humano comum (tudo bem, ainda estou com algum medo de começar a trabalhar, mas isso passa!), e aqueles 50 minutos custam a passar. Quando eram as consultas do vaginismo eu pensava sempre no fim "oh...já acabou??", porque estava super ansiosa mesmo para me tratar, e para esse problema eu precisava, efectivamente (ou devia dizer antes aparentemente?), das consultas de psicologia.
E o problema a que me refiro é o de puxar o cabelo...porque entretanto uma das meninas que lê este blog estuda psicologia e deu-me a conhecer que isto é um problema com nome (mais um que eu não fazia ideia e achava-ME única!! também já era hora de parar de pensar que tenho algum tipo de exclusividade neste mundo, raio de pessimismo!!) - já agora chama-se tricotilomania (iupi, finalmente aprendi a fazer isto das hiperligações :p) para as mais curiosas - e acabei de ler na net algumas coisas que me arrepiaram um bocadinho...para já porque tenho praticamente todos os sintomas (só não COMO os meus cabelos...que HORROR!!!ah, também não arranco pêlos púbicos nem nada do género...mas quem sou eu para julgar alguém...)), e depois porque diz que pode levar a calvície...MEDO!!!
E agora vou pedir a vossa opinião, porque vou ter amanhã supostamente a última consulta (se é que percebi bem) e agora não sei se fico caladinha e tento resolver isto por mim, pedindo ajuda às pessoas próximas (considerando que tenho este problema praticamente desde que nasci, sempre soube que não faz bem mas sempre foi mais forte que eu, e inclusive o meu pai está sempre a me dizer para largar o cabelo...), ou se isto só se cura com tratamento psicológico e lá vou ter eu que ficar mais uns mesinhos na terapia...é que não me apetecia MESMO nada!! Logo agora que achava que ia ficar livre...ninguém merece!! Help meninas, please!! O QUE É QUE EU FAÇO??

P.S. Desculpem este post tão chato!! Mas preciso da vossa opinião!!
P.S.1. Mais uma vez relembro às meninas que tenham indicações (boas, claro!) de terapeutas e ainda não as tenham dado que vos peço o favor de publicarem um comentário no seguinte post (agora que aprendi a fazer isto não páro :p) ou de me enviar um e-mail com essas indicações. É muito importante mesmo. Cada vez recebo mais e-mails a pedir ajuda e gostava muito de poder dar boas indicações, para além de palavras de carinho.

domingo, 25 de abril de 2010

A primeira tentativa com o "verdadeiro"

Não foi nada fácil o último mês antes de eu conseguir a penetração...primeiro tive uma amiga que ficou cá em casa durante algumas semanas (problemas pessoais), pelo que a minha vida sexual com o meu namorado era praticamente nula. Além disso, era a minha época de exames da faculdade. E a cereja no topo do bolo foi a visita dos meus sogros cá a casa na semana em que comprei o amiguinho n.º 2 e que fiz questão de usar todos os dias...tinha que esperar que eles fossem se deitar, feita criminosa, e ir sorrateiramente com o meu saquinho preto para a casa de banho (menos mal que são discretos os sacos das sex shop :p), porta trancada, e lá ia eu para a banheira... Estão a imaginar se um deles abria a porta e dava com a futura nora de vibrador enfiado lá para dentro da amiguinha :p? Seria uma daquelas cenas de filmes do género "Isto não é o que parece"...e eles acreditariam logo que eu estava a praticar exercícios porque, coitada de mim, nunca tinha posto o material do filho deles na dita cuja...pois claro que sim!! Agora talvez vocês estejam pensando "caramba, também podias ter esperado uns diazinhos para não correres tantos riscos"...NÃO!! Vocês vão sentir o mesmo que eu, quando estiverem a uma unhinha negra da cura...porque nessa altura vocês estão com a confiança em vocês próprias como nunca a tiveram, e já sentem, efectivamente, que conseguem!! O que não deixa de gerar atitudes precipitadas algumas vezes, é um facto (já perceberão melhor o que digo dentro de segundos).

Então agora querem saber se eu consegui a penetração com o meu namorado à primeira não é verdade?? Este é o momento pelo qual algumas de vocês já esperam há meses. Pois é meninas, acabou o suspense (ou pelo menos uma parte dele, porque eu começo a escrever e acabo por fazer posts tão grandes que tenho que acabá-los mais cedo do que queria para vocês não se cansarem de ler tanto duma vez).
Só mais uma coisinha antes :p. Têm que saber antes em que estado estava a minha terapia nesse momento. Então, a terapeuta sabia que eu já estava a exercitar com o amiguinho n.º 2 e eu já lhe tinha dito que achava que já estava preparada para o "verdadeiro amiguinho" (coitadinho...que foi injustamente considerado de inimigo durante tantos anos...) mas ela pôs-me um travaozinho e deu aquela ideia de passarmos a fazer os exercícios com os amiguinhos a dois, ou seja, de ser ele a inseri-los em mim, estando eu de costas, e quando ele achasse que aquilo por aqueles lados estava receptivo..."atacaria" de verdade :p.

Confesso, não tive paciência para isso, além do que essa posição não é propriamente das mais fáceis no início...
A posição em que tentei pela primeira vez a penetração (a primeira pós-terapia, antes era sempre com ele por cima e vocês já sabem o resto) foi sentando-me em cima dele, virada para ele. Não sei se é mais fácil só para mim. Mas nas primeiras vezes, durante alguns meses, eu não conseguia começar com ele por cima. Tinha que começar eu a dominar a coisa e então depois podíamos trocar de papéis...ainda hoje, depois de nove meses, costuma acontecer assim, porque é mais fácil para mim. Mas não se assustem, eu já tenho uma penetração super normal, só que prefiro começar por cima para ter mais segurança, é isso!
Mas também vos digo que aquela coisa de parecer que entra tipo hímen, mesmo para quem já pratica há séculos, é uma treta! Há que fazer com jeitinho, é preco "encaixar" as peças uma na outra, com calminha.

E quanto à resposta À pergunta...só entrou metade na primeira vez =(. Mas nós não insistimos muito, porque eu não queria ficar desiludida (claro que fiquei um bocadinho!!) e regredir no tratamento. Tentámos, entrou metade com alguma dificuldade, e então decidimos parar e tentar numa próxima vez. Nada de desesperos, já entrou mais do que alguma vez tinha entrado! Nem tudo era mau!
Depois disso ele ficou um pouco reticente e já não acreditou tão facilmente quando eu disse que me sentia preparada SIM para tentar outra vez (depois de exercitar com o amiguinho n.º 2 mais uns dias - poucos). Mas não percam as cenas dos próximos capítulos, que estão para breve :p...prometo!!!
Beijos meninas!!

P.S. São mails como o que recebi a noite passada (estou a falar de você, F., a quem ainda não respondi mas vou fazê-lo logo) que me dão vontade de vir escrever para todas vocês. Não copio para aqui a última parte do e-mail porque não pedi autorização, mas recebi dos elogios e agradecimentos mais bonitos de sempre. E é por pessoas como vocês que eu dou graças a Deus todos os dias por ter criado este blogue. Obrigada por me deixarem ajudar-vos no que posso. Cada vez gosto mais de fazê-lo.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

As vantagens da terapia (sim, mais!!)

Hoje vou ter a minha hora de terapia semanal. Sim, já estou curada do vaginismo há 9 meses (já podia ter um bébé nos braços =)!!) mas continuo a lá ir. Acho que foi porque decidimos implicitamente, no início da terapia, que eu tinha vários problemas causados pela ansiedade e que deviamos tratá-los a todos, do mais fácil para o mais difícil, para eu poder me curar do vaginismo. No entanto, o que veio a acontecer foi que o vaginismo até acabou por ser mais fácil de curar que muitas outras coisas. E quando essa etapa foi ultrapassada, passámos para a condução.

Mais uma vez tenho a dizer que, por mais absurdo que possa parecer eu pagar uma consulta à minha terapeuta para ela andar de carro comigo (sim, eu tenho amigos, e namorado, e família, que podiam fazer isso comigo), com a terapeuta é diferente. Tão diferente como, por exemplo, as meninas que não estão em terapia para curar o vaginismo e pensam "hoje não me apetece fazer exercícios. amanhã também não. já decidi, esta semana estou em baixo, além do que estou cheia de trabalho, por isso não faço exercícios nenhuns" (nota: não estou a criticar-vos: estou a tentar vos ajudar! sempre! acho que vocês sabem isso...). Eu não podia pensar assim. Ou melhor, poder até podia, mas depois tinha que pagar uma consulta para ir dizer à terapeuta "errr...não fiz os exercícios!". E como não gostamos de jogar dinheiro para o lixo e não temos propriamente muito à vontade com a médica para mandá-la dar uma curva quando ela se mostrar indignada por não termos feito os exercícios (já quando se trata do namorado podemos mandá-lo passear - só às vezes :p - se não nos apetecer dar explicações), acabamos mesmo por fazê-los, e por fazê-los sempre! Daí que seja mesmo positivo gastar esses euritos nas consultas. Ainda mais eu que tive a sorte de, até ao fim deste ano, poder pagar menos de metade do valor das consultas pelo facto de os meus pais terem ADSE (vai-te despedindo da vida boa que já está na altura de cresceres...eu sei! mas enquanto se pôde aproveitou-se!).

Isto para dizer que, se não fosse a minha terapeuta, eu, para além de ainda não fazer sexo, também ainda não conseguiria, por exemplo, ir ao supermercado sozinha...coisa que ADORO!! agora vou quase três vezes por semana (antes ia uma só, até porque não é propriamente um dos programas preferidos do meu namorado) só para me sentir útil. E a sensação de chegar a casa, estacionar o meu carrinho, trancá-lo e entrar pelo prédio com as chaves (do carro) na mão?? Sinto-me tão...adulta quando faço isso :p! E quando pude trazer o carro para casa porque o meu namorado decidiu ficar com os amigos a beber uns copos e então não convinha ser ele a conduzir?? Sim, eu sei, coisas que são tão básicas nas vossas vidas que provavelmente nem lhes dão valor, mas para mim cada vez que pego no carro sozinha é ainda uma grande vitória. Bem dizem que a vida é feita de pequenas coisas...eu que o diga :p!
Hoje já vou fazer o percurso final sozinha, do consultório para a minha casa (que basicamente resume-se a atravessar Lisboa, pelo que está nos máximos de dificuldade para mim). Depois desta etapa vencida, acho que posso dizer, finalmente, que sou uma mulher independente, pelo menos neste aspecto. E isso deixa-me TAAAAOOOO feliz! No fim de semana a seguir ao próximo, vou ficar sozinha, e se calhar já pego no meu carrinho e vou ao shopping SOZINHA (em vez de ficar em casa trancada dois dias inteiros porque não me apetece apanhar transportes públicos ao fim de semana)...iupi!!!
Sou incapaz de fazer posts curtos. É mais forte que eu. Tinha mais para dizer mas fica para a próxima. Beijos a todas

Ainda falando em ansiedade...

Tenho outro sintoma bem grave, que me esqueci de vos contar, este por acaso nunca falei com a minha psicóloga (mas também não vejo bem com que tipo de exercícios iamos resolvê-lo)...tenho um hábito doentio de puxar o cabelo...aparentemente estou só mexendo nele mas faço isso a toda a hora e de uma forma obssessiva (confesso que tenho vergonha de descrever esta acção mais detalhadamente para vocês perceberem o quão obsessiva é, mas para quem eventualmente esteja a pensar "eu também brinco com o cabelo a toda a hora" acreditem, não é da mesma maneira. E, para terem uma noção mais clara, esta situação já vem basicamente desde que tenho cabelo com um tamanho minimamente razoável (ou seja, quase desde que existo)...sabem que quando eu era uma criança a minha mãe teve que me cortar o cabelo bem curtinho (à menino) que de tanto eu puxar fiquei praticamente sem cabelo num lado?? E eu às vezes chego a ficar com os meus cortes de cabelo meios "deformados" depois de uns tempos por causa disso....é um sintoma grave, não acham?? Podem ser sinceras! Mas isto não tem como resolver...ou terá?
Enfim, eu sei que não foi um post interessante, mas pode ser útil para não se sentirem tão ET's em relação a algum sintoma de ansiedade que possam ter e que até lerem este post achassem que era muito grave e que, mais uma vez, estavam sozinhas no mundo (se servir para amenizar as mágoas de alguém, já não foi completamente inútil). E por falar em inutilidades, vou-me calar por agora, que isto a esta hora e com tudo o que já fiz hoje não me vai sair nada mais inspirado...acreditem. Portanto, para vosso bem e para o meu também, vou dormir =)!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Problemas de ansiedade

Muitos dos problemas/medos com que nós, (ex)vagínicas (eu continuo com alguns deles), nos debatemos na nossa vida devem-se ao facto de termos uma personalidade ansiosa, típica de mulheres com vaginismo.
Se cada uma pensar no seu dia-a-dia, com certeza conseguem se lembrar de alguma actividade não relacionada com a sexualidade que vos cause ansiedade (claro que toda a gente tem seus stress e problemas, independentemente de ter vaginismo ou não, mas muitos dos nossos obstáculos devem-se a termos esta característica específica). No meu caso, por exemplo, são/foram (algumas já curadas, outras nem tanto): conduzir (um obstáculo que já esteve muito mais longe de ser passado), andar de transportes públicos a horas não perigosas mas que a mim me perturbavam, falar em público, e muitas outras que agora não vêem ao caso.
No início da terapia, como aliás já vos contei, a minha terapeuta mandou-me enumerar, numa escala de 1 a 8, o grau de ansiedade que cada uma dessas actividades "críticas" me causavam, de forma a escolhermos os alvos a abater, um por um! E assim fiz.
E ela ensinou-me uns exercícios respiratórios para ajudar a diminuir a ansiedade, mas que só têm efeito quando ela está mais ou menos entre os níveis 3 e 6, ou seja, num nível médio. Se estivermos muito ansiosas não resulta (lamento desapontar-vos).
Não vai ser fácil descrever o exercício, e provavelmente vai parecer estúpido, e as primeiras vezes que tentarem não vão sentir nada. Mas há que ser persistente. E treinar várias vezes porque, efectivamente, resulta. Comigo resulta. E a explicação para isso tem a ver com o funcionamento do nosso corpo, especificamente da respiração (mas confesso que não me lembro qual é, sorry).
Então vou tentar explicar da maneira mais fácil. Basicamente resume-se a respirar calmamente mexendo apenas a barriga. O peito tem que se manter imóvel. Se pensarem, quando respiram fundo para tentar se acalmar, o peito é praticamente a única coisa a mexer. Mas não, ele tem que ficar parado. Para ganharem o jeito mais facilmente, experimentem pôr a mão sobre o peito, para garantirem que ele não mexe, e tentem mexer só o abdómen enquanto respiram. Atenção, mais uma vez repito, isto só resulta se estiverem com um nível de ansiedade médio no momento.
E ainda quanto às situações que nos deixam ansiosas (desta vez não focando o vaginismo em especial), quando estiverem a fazê-las (e têm mesmo que fazê-las, porque sem prática nunca vão superar esses obstáculos), há ainda mais um truque que devemos respeitar: não parar de fazer as actividades quando estamos no nível mais elevado (ou seja, normalmente depois de qualquer coisa correr mal). Não! Se fizermos isso o nosso cérebro vai cada vez mais associar essa actividade a sofrimento e vamos criar uma aversão cada vez melhor. Por exemplo, no meu caso, se o carro se for abaixo numa subida e eu ficar muito ansiosa, não posso mandar o meu namorado passar para o volante e está resolvido o problema. Não! Tenho que arrancar e continuar a conduzir, e só parar quando tiver num nível baixo de ansiedade. E sim, ele vai necessariamente baixar, isto porque o corpo humano não aguentar mais de poucos minutos no nível máximo de ansiedade (desculpem, a minha psicóloga também me disse mas não me lembro, já foi há mais de um ano). Portanto, toca a cumprir estas dicas que são muito importantes. Em tudo!

P.S. Como é óbvio, todos os terapeutas mandam-nos deixar de tentar a penetração quando começamos o tratamento, logo esta coisa de enfrentar os obstáculos e não os evitar não se adequa às tentativas de penetração nessa fase. Mas vale para tudo o resto!!
P.S.1. Depois quero saber se os exercícios de respiração resultaram convosco! Mas quero sinceridade, ok?

sábado, 10 de abril de 2010

Indicações de terapeutas e contacto de msn

Amigas,
Este post tem dois objectivos. Um é pedir-vos um favor. Outro é dar uma sugestão que me foi dada pela nossa amiga Mel e que pode ajudar alguém que queira falar comigo ou com outras meninas com o mesmo problema mais à vontade no msn.

Então, em relação ao primeiro assunto, queria pedir a quem consulta ou já consultou um ginecologista bom (e por ginecologista bom refiro-me a um que saiba o que é vaginismo e que não receite anestésicos para nos curar) e/ou um terapeuta sexual que me mandem um e-mail ou postem um comentário aqui no blog a dizer o nome e em que Estado trabalham esses médicos e mais ou menos onde fica o consultório. Isto para ajudar as outras meninas que lêem o blog e ainda não conseguiram encontrar nenhum e também para me ajudar a responder aos mails que eu recebo cada vez mais e, como só sei dar indicação de uma médica em Lisboa e ainda por cima a maioria das mulheres com quem falo é brasileira, fica difícil dar indicações boas, pelo que isso também me ajudaria bastante a vos ajudar.
Pode ser? Temos acordo =)? Eu (e todas, imagino) ficaria muito agradecida a quem me fizesse esse favor. Não ientifico quem me mande mails nem ninguém, só quero mesmo ter indicação do género "Em São Paulo há pelo menos duas terapeutas boas, uma fica no lugar tal e a outra no lugar tal", para poder transmitir às pessoas que me pedem ajuda. Combinado? E quem diz terapeutas diz qualquer tipo de médico que vocês tenham consultado e que vos tenha ajudado em termos de vaginismo.

Quanto ao segundo assunto, já criei um endereço no msn para quem queiram falar mais à vontade comigo. Podem me adicionar com o mesmo e-mail que uso para o blog, ou seja, vag.psi@gmail.com. As meninas que têm gmail podem também falar comigo através do chat (já fiz isso com algumas) mas quem não tem fica mais complicado e por isso, se quiserem, podem me adicionar no msn, ok?
E quem quiser falar com mais alguém (para além de mim) que esteja a passar ou já tenha passado pelo mesmo problema pode me mandar um mail a me dar autorização a divulgar o seu e-mail às outras meninas que demonstrem a mesma vontade. Caso contrário, anonimato absoluto, juro-vos que sou incapaz de divugar o mail ou a indentidade de alguém sem autorização. Podem dormir descansadas quanto a isso. E podem também criar um mail qualquer com um nome falso para adicionar as meninas no msn, também há essa opção. Isto tudo para podermos trocar mais ideias, para quem quiser.
Posto isto fico à espera das vossas respostas. Beijos para todas e bom fim de semana

domingo, 4 de abril de 2010

É tramado...

...isto de "termos" que manter o anonimato, não é?
Afinal de contas, que culpa temos nós de ter tido este problema? Calhou-nos a nós como podia ter calhado a qualquer mulher no mundo!
Mas é mais forte do que nós a vergonha...
Mas sabem que mais? Às vezes tenho é muito orgulho de mim e de tudo o que enfrentei sem desistir e apetece-me gritar para o mundo que sou uma grande mulher pelo sucesso da minha batalha (peço desculpa pela falta de modéstia mas é que é mesmo assim, chega de sermos as maiores inimigas de nós próprias)!! Nós não somos um lixo como eu achei que era tantas vezes. Nós, que lutamos para ultrapassar este pesadelo, somos muito mais fortes do que alguma vez pensamos!

P.S. Isto veio a propósito de mais um comentário anónimo que recebi hoje e que me faz sempre sentir uma grande impotência quando quero falar com essas pessoas e não posso, e o que me resta é torcer para que elas cá voltem na esperança que eu tenho respondido ao comentário...meninas que fazem comentários anónimos em desespero, eu respondo SEMPRE!!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Eles...

Venho partilhar da tristeza (se é que posso chamá-la assim) da minha amiga Amor Perfeito por os nossos blogs andarem tão mortinhos ultimamente...e para confirmar se vocês continuam aí (ou se andam mesmo longe) queria pedir a vossa opinião na resposta a esta pergunta:
Será que a mulher vagínica tem uma divida eterna de gratidão para com o homem que foi seu companheiro durante anos, sem nunca a ter traído, e que esperou por ela até que ela, finalmente, se curasse ou, pelo contrário, eles não são nenhuns "super-homens", tendo apenas cumprido o seu "dever" (de ser um companheiro fiel), porque além do mais o amor é muito mais do que sexo?
E, por outro lado, será que o homem que trai a mulher vagínica por esse único motivo ou que acaba o relacionamento por causa disso, é má pessoa?
Confesso que me inclino mais para admirar o homem que espera... Traição não consigo engolir bem...mas desistir da relação também não me parece a pior atitude do mundo...afinal de contas quantas vezes nós já quisemos desistir desta luta contra o vaginismo?? A diferença é que nós não temos para onde fugir...eles têem...
O maior problema nisto tudo ainda está no facto de os homens, regra geral, não nos incentivarem a procurar ajuda nem tentarem nos ajudar (pelo menos o meu foi assim, demasiado cobarde sequer para tocar no assunto, sempre foi um tabu absoluto!). E aí sim torna-se mais grave o facto de virarem as costas.
Duvido muito que alguma relação que envolva uma mulher vagínica nunca tenha tido crises sérias por esse motivo, ou que o homem nunca tenha ponderado ir à sua vidinha...na minha relação aconteceu as duas coisas. A segunda ele nunca me confessou abertamente, mas houve uma altura em que ele perdeu, do nada, o interesse em mim. E a relação foi esfriando cada vez mais. Até que, depois de eu muito insistir, ele confessou que achava que já não me amava...meninas, doeu como uma faca no coração!! Doeu muito!! E, nessa altura, sem eu fazer ainda a mínima ideia que tinha um problema chamado vaginismo, prometi a mim mesma que iamos tentar mais vezes a penetração (deixámos de tentar uns meses depois da primeira tentativa falhada) e que eu ia conseguir! Nem é preciso vos dizer que nem tentativas de penetração houve, quanto mais alguma conquista. Isto foi com 7 anos de relacionamento.
Mas, confesso-vos, uma coisa que sempre me intrigou foi o facto de eu ver mil e um relacionamentos à minha volta a acabarem, por todos os motivos e mais algum, e o meu ia aguentando, apesar das várias crises. Mesmo sem o "verdadeiro" sexo, nós fomos nos aguentando...umas alturas mais firmes, outras nem tanto. E confesso também que quando estávamos em fases más eu tremia só de pensar em ficar sem ele, porque achava que se não me curasse com ele nunca mais ia encontrar alguém que aceitasse a minha condição (eu sei que isto soa a amor interesseiro, mas acreditem que não é, só que era mais forte do que eu esse pavor!). Nessa altura eu também não fazia ideia que, afinal, nós não precisamos de um homem para nos curarmos, por mais estranho que tal pudesse soar ao início.
Quando contei à minha mãe do meu problema, elogiei o F. Ela chegou a dizer que quando há amor é natural que seja assim. Mas eu disse-lhe que não era bem assim. Uma das minhas grandes amigas que sabiam da minha história, disse-me categoricamente que, por mais que tivesse certeza do amor do companheiro por ela, achava que ele não esperaria por ela. Sei de uma história que se conta na minha terra de um casal novo que namora há séculos e que "não fazem sexo" (foi assim que me contaram, com um ar muito escandalizado...) e ela é a única que não sabe que tem um belo par de cornos...
Isto tudo para dizer que, dada a peculiaridade da espécie masculina, tenho que confessar que, por mais defeitos que o F. tenha (e tem vários, como aliás toda a gente!), não consigo deixar de admirá-lo por ter esperado por mim, sem nunca me ter traído (chame-me ingénua quem quiser, mas até prova em contrário eu acredito piamente no que acabei de dizer!). E dou graças a Deus por ter aparecido este homem na minha vida. Se um dia nós nos separarmos, aí eu vou ter certeza absoluta que Deus o colocou na minha vida por dois motivos em especial: para me dar a conhecer uma pessoa que, apesar de às vezes não ser o melhor namorado do mundo, é um ser humano que eu admiro imenso (e isto vai muito mais para além do facto de ele ter esperado por mim) e que não quero perder nunca nem que seja como amigo, e para me ajudar a curar o vaginismo. Porque eu precisava de alguém como ele.
Por isso, a ti, meu amor, que mesmo sabendo da existência deste blog nunca passas por aqui, e mesmo sabendo que não vais ler este texto (aliás, se alguma das meninas chegar ao fim deste testamento já é uma vitória para mim :p), o meu obrigado por me teres ajudado. Não activamente, é verdade, muitas vezes ainda mais cobarde do que eu, também é verdade, com momentos em que não acreditaste que eu um dia iria conseguir, eu sei que isso também é verdade, mas esperaste!E isso eu tenho que te agradecer. A minha primeira vez não podia ter sido com uma pessoa melhor! Obrigada por isso. Amo-te.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Fazer ou não fazer terapia (e algumas dicas)

Depois deste post recebo um e-mail de um terapeuta sexual qualquer a me mandar passear...mas tem que ser. É a vida (é por estas e por outras que a minha psicóloga nunca vai saber da existência deste blog, pelo menos no que depender de mim, claro está!)!
Vocês são testemunhas de como eu vos tenho tentado "enfiar" a todas em terapia...é ou não é verdade?? Se alguém discordar que se acuse (mas adianto desde já que estará a mentir portanto não vale a pena :p)!!
E não se assustem, não vou dizer que fui enganada pela minha terapeuta nem que terapia faz mal, nada disso!
Mas como qualquer profissão os senhores terapeutas também devem gostar de fazer o seu dinheirinho, e deve ser chato ver os pacientes a sair do consultório felizes da vida com a cura para não voltar a meter lá os pés, o que me leva a achar que alguns parece que gostam de fazer render o peixe...
É verdade que somos muitas mulheres com vaginismo, muitas mais do que já qualquer uma de nós já pensou um dia (sou capaz de apostar que toda a mulher que ler este post começou por achar que era única no mundo...mais uma vez quem não estiver de acordo que se acuse...). Mas também é verdade que a maioria não faz terapia, pelo que não me parece que o consultório deles esteja sempre cheio de gente (bem sei que há mais problemas sexuais para além do vaginismo, mas não vejo muito mais razões para uma mulher consultar um terapeuta deste género...).
Esta lenga-lenga toda para dizer que mudei a minha opinião, não baseada na minha experiência, porque como vocês sabem já estou curada há uns meses e sempre pensei de maneira diferente, mas passei a acreditar verdadeiramente que a cura é possível sem terapia. Provavelmente não tinha dito ainda isto com todas as letras às mulheres que não estavam a fazer terapia mas agora penso assim. Porquê?
Então porque um dos mails que recebi há pouco tempo e de que vos falei ontem foi de uma mulher que, efectivamente, fez os exercícios sozinha e acabou por conseguir. Mas atenção, há que seguir certas regras, e ela seguiu-as direitinho!!
Ou seja, esteve muito tempo a inserir os amiguinhos de vários tamanhos TODOS OS DIAS!! Eu tenho vos dito isto nos mails que vos escrevo, é tentar sempre!! Nada de intervalos! A cada dia que passa sem tentarmos metemos na cabeça que vai ficar mais difícil...é ou não é verdade?
E sabem que mais?? A primeira vez em que ela conseguiu com o parceiro NÃO lhe doeu!!Porquê? Também já disse isto a muitas de vocês por e-mail e acho que já escrevi aqui também...e não é muito dificil perceber...se os amiguinhos maiores têm praticamente o tamanho de um pénis normal, e se só as primeiras relações sexuais de uma mulher é que doem, se vocês fizerem várias vezes (muitas!) com amiguinhos primeiro, não tem como doer quando tentarem com o parceiro! A não ser que ainda esteja qualquer coisa mal na nossa cabecinha que precise de ser mais trabalhado...mas nessa altura da evolução não me parece (haverá excepções provavelmente, mas penso que poucas).
Quando comecei a terapia só pensava, cheia de terror, no momento em que a minha médica me ia mandar, efectivamente, tentar a penetração...PÂNICO!! TERROR!! NÃO QUERO!! Vou fugir da terapia e é já antes que seja tarde!!!
Não meninas!! Vocês vão MESMO se sentir preparadas, JURO! É uma questão matemática, então se o amiguinho já entrou tantas vezes com facilidade, porque é que não vai entrar uma coisa exactamente do mesmo tamanho? Resposta: vai entrar a "coisa" do mesmo tamanho!!!
Claro que há que ter em conta todos os "pormenores" que eu disse!! E, mais, a posição também é importante na hora de conseguir ou não conseguir com o parceiro!
Não sei se isto é geral, mas pelo menos comigo aconteceu e com mais uma pessoa com quem falei, e ao que a minha terapeuta me explicou é mais ou menos geral...é que nós, vagínicas, somos pessoas que gostam de ter o controlo das situações (é mau de se ouvir não é? parece que somos umas mandonas do pior :p), e isso também se reflecte na relação sexual e, por esse motivo, a coisa pode não funcionar muito bem nas primeiras vezes se ele ficar por cima! É verdade, pode parecer estranho, mas é mesmo assim! Não foi só na primeira vez, foram nas primeiras vezes em que já conseguiamos a penetração, ao início quando começávamos com ele por cima eu não descontraía totalmente, mas mal ele se sentava e eu ia para cima aquilo entrava! E para verem como está tudo na nossa cabecinha, se depois de fazer um pedacinho por cima depois mudássemos de posição para ficar ele por cima, já funcionava...porque o cérebro já tinha enviado a mensagem à amiguinha "ok, podes relaxar completamente que ela já conseguiu da outra maneira" :p! É tramada a nossa cabecinha...se é!
Bem meninas, acho que já foi informação a mais no mesmo post! Mas resumindo e concluindo, eu, K., não me teria curado nunca sem a minha terapeuta, mas quando eu a procurei nunca tinha consultado sites nem blogs de vaginismo (atenção que não estou para aqui armada em terapeuta, mas claro que ouvirmos sobre a experiência das outras pessoas ajuda!). Por isso acho que é melhor, para quem possa pagar e para quem veja, efectivamente, que o seu terapeuta parece fiável, que é sempre melhor fazer terapia. Mas para quem não consiga por algum motivo em especial, acho que seguindo os passinhos direitinhos também deve resultar. A partir do momento que conseguirem inserir qualquer coisa, nem que seja um cotonete, vocês pelo menos já conseguem se convencer que não são fechadas (como todas também já pensámos que eramos) e aí é uma questão de treino com objectos cada vez mais largos.
P.S. Dani, você também me serviu de inspiração, e muito para este post, porque acho que o seu terapeuta já devia estar bem mais avançado com a sua terapia, ainda mais quando você começou a terapia a conseguir que o seu marido entrasse um pouquinho...ele tem que saber mesmo que você já estava preparada para muito mais do que ele pensa (ou melhor, para o que ele lhe queria fazer acreditar) para ver se não faz perder tanto tempo às pessoas...não acha?

quarta-feira, 24 de março de 2010

Meninas,
A cada dia que passa emociono-me mais com as vossas histórias e sinto-me mais próxima de vocês!
Hoje recebi um mail de uma pessoa que já não me escrevia há quase três meses, e que me escreveu para dizer que conseguiu uma penetração completa pela primeira vez...fiquei MUITO feliz!!! Agora estou ansiosa para receber um mail dela daqui a pouco tempo a me dizer que está grávida :)!
Depois fui ao blog da Dani e aquilo por aqueles lados também anda uma alegria bem contagiosa :p!!
Mas depois há os outros mails, os que deixam um nó na garganta e que me trazem à memória todo o sofrimento que passei...acreditem ou não, acabou de me dar um arrepio quando escrevi esta frase!! É mau meninas, é muito mau, mas tem cura, para praticamente todas as pessoas! E nós não somos piores que ninguém! Eu achava que era, sempre fui pessimista ao máximo, mas superei-me a mim própria! E isso sabe muito bem!

Todos os anos, em datas importantes, eu fazia-me a mesma pergunta...será que para o ano nesta altura já estou curada?? Sempre que rezava pedia a Deus para me ajudar na cura... Quantas vezes me revoltei com a injustiça de saber de tantas raparigas da minha escola que, bem novinhas, já andavam a ter sexo com uns e outros (nada de prejorativo nesta frase, atenção!) e eu só conseguia pensar "porquê eu, que amo tanto o meu namorado e que tenho um namoro tão sério e tão bonito, porquê este castigo?? Quantas vezes, apesar de ainda ser bastante nova, pensei que ia ficar sozinha para sempre porque nenhum homem me ia querer dessa maneira?? E, pior, quantas vezes pensei que não ia poder ter filhos???

Acreditem ou não (e eu não sou mesmo nada dada a superstições) mas há um jogo (completamente infundado, diga-se de passagem) que se faz com uma agulha e uma linha para vermos quantos filhos vamos ter...como é óbvio não passa de uma brincadeira tonta mas as pessoas lá vão fazendo e dizendo que aquilo resulta... e eu senti uma alegria (parva, é verdade) quando a porcaria da agulha se mexeu de maneira a que eu, supostamente, iria ter três filhos homens (quero meninas :(!!!!). Sim, fiz o jogo e chegou a me ocorrer "afinal se calhar até vou me curar um dia, quem sabe, se vou conseguir ter filhos...provavelmente acabei de perder toda a credibilidade que as minhas leitoras depositaram em mim durante estes últimos tempos...desespero, ao que tu levas meu Deus!
Eu sei que sou insistente neste assunto, e que este não é o primeiro post sobre este assunto e provavelmente não será o último. Mas é que eu faço mesmo questão de repetir que eu, um ser humano dentro dos padrões da normalidade (ok, nem sempre, mas vamos considerar que sim :p), depois de cinco anos de sofrimento (quatro de pura ignorância, um de pura cobardia) à espera que o problema se resolvesse sozinho, e de alguns meses de terapia e muitos exercícios, curei-me!
Mas é tramado, meninas, se é...pensar que não conseguimos fazer uma das coisas aparentemente mais fáceis (e, pior, melhores!) à face da Terra...ninguém merece! A sério! É que ninguém merece mesmo!
Ah, lembrei-me de mais um pensamento (surreal!!!) que eu cheguei a ter algumas vezes (mais uma vez chamo atenção para o facto de que a frase que se segue não tem nada de discriminatório, pura e simplesmente sou uma pessoa com a sua orientação sexual bem definida e ela inclina-se para o sexo oposto...)! Cheguei a achar que se eu não conseguia penetração de maneira nenhuma, se calhar eu deveria era ponderar ser lésbica...juro que pensei isto! Eu, que nunca me interessei nem um pouquinho de nada por mulheres, cheguei a pensar que se isto não funcionava de maneira nenhuma se calhar eu só poderia dar realização sexual a uma mulher...enfim! É o desespero no seu auge, sem dúvida!
Bem, isto tudo para dizer, mais uma vez, que há cura para todas! E para vos agradecer a realização que me fazem sentir quando escrevo para vocês, aqui ou através do mail. Bendita a hora que tive a ideia de fazer este blog! Eu posso dizer que o meu problema com o vaginismo teve um lado positivo, que foi o de poder dar força a quem está mais atrasada do que eu no caminho para a cura...e isso é muito muito gratificante, a sério que é!
Obrigada a vocês todas!

domingo, 21 de março de 2010

As primeiras visitantes que também já se curaram!!

Meninas,
Para vocês que com certeza não andam a ver se recebi comentários em posts mais antigos, deixem-me que vos diga que esta semana, pela primeira vez, recebi o comentário de uma mulher que tb já se curou como eu (vejam os últimos comentários ao post de 15 de Fevereiro se tiverem curiosidade) e acabei de receber um comentário de uma pessoa (desculpe a impessoalidade do termo mas como não sei nada sobre você não sei como me referir a si) que achava que eu não tinha publicado o comentário dela só porque ela tb já se tinha curado...Deus me livre fazer isso meninas!! Eu quero é que venham aqui dizer que já estão curadas, para vos dar mais força ainda!! E se alguma vez um comentário vosso não for publicado é porque aconteceu alguma coisa de anormal, porque todos os comentários neste blog até agora são publicados automaticamente sem eu ter que aceitar sequer.
Bom, este post era só para eu ficar descansada e para vos dizer que há mais mulheres curadas como eu para vos dar ânimo na vossa cura!!Nós somos reais meninas, e vocês tb vão passar para este "lado" daqui a nada!
Beijos a todas!!

sábado, 20 de março de 2010

Pequenas grandes conquistas

Meninas,
Recebi o mail de uma amiga a falar da introdução do cotonete, que acho que nunca tinha falado aqui, isto porque eu não passei por essa fase, mas acho que é uma óptima maneira de começar para as que estejam mais receosas e, principalmente, para quem não esteja a ser acompanhada por um terapeuta. Porque não?
Depois disso, eu acho que o tampão/ob é mais fácil do que o dedo, mas nenhum dos dois é fácil meninas. Eu não pus o tampão à primeira, nem à segunda, nem à quinta vez. É preciso insistência, persistência, e nada de desânimos, porque um dia ele vai começar a entrar um bocadinho, na próxima vez ele vai entrar vai um pouquinho, e quando derem por vocês ele já está todo colocado. Mas se calhar eu também demorei tanto tempo a conseguir o tampão porque só tentava "naqueles" dias do mês, e sem lubrificante e, pior, com tampões sem aplicador, é um milhão de vezes mais difícil, não façam isso, mesmo que achem que é mais fácil porque parece que não fica tão grosso sem aplicador (mas isso acho que já vos tinha contado).
Quando a minha amiga falou na alegria que é conseguirmos, pela primeira vez, pôr uma coisa tão pequena quanto aquela dentro de nós...lembrei-me do dia em que passei a acreditar que eu, afinal, tinha um espacinho qualquer lá dentro, que afinal aquilo não era uma parede fechada...
Eu ainda não sabia que o meu problema se chamava vaginismo e que não era única no mundo.Foi com o tubinho (mínimo, quase ainda mais fino e mais curto que um cotonete) do anestésico (atenção, nada de comprarem nada disto que não tem efeito absolutamente nenhum em vagínicas!!) que a ginecologista me receitou para me resolver o problema de não conseguir ter penetração...quando aquele tubinho microscópico entrou dentro de mim eu fiz uma festa!! Lembro-me que estava no meu quarto com o meu namorado e contei-lhe, toda entusiasmada...na altura levei um balde de água fria em cima, porque ele saíu-se com uma do género "uma rapariga da tua idade nem sequer conhece o seu corpo"...pois é verdade, eu não conhecia mesmo!
Meninas, às vezes são as pequenas conquistas as que sabem melhor...a primeira vez que conseguimos introduzir alguma coisa, seja o que for, que nos faz acreditar que, tratando-se de umas paredes com tanta elasticidade, que daí a uns tempos vai mesmo entrar um pénis, porque o mais difícil para nós, no início, é mesmo acreditar que qualquer coisa, seja o que for, cabe lá dentro...não é mesmo?
Bom fim de semana a todas!!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Queria só dizer que respondi aos comentários que me deixaram ontem em posts mais antigos (caso as respectivas autoras voltem aqui ao blog podem ir lá ler :)) e tb no post de ontem, e prometo que vou tentar voltar logo com mais novidades!

P.S. Meninas, já recebi a primeira resposta aos currículos que mandei! Torçam por mim (já estou começando a entrar em pânico...sou sempre tão adulta nestas coisas...grrr!!)!!

terça-feira, 16 de março de 2010

Cheguei a casa, fui ao e-mail e tinha dois comentários de novas visitantes e um mail de alguém que também nunca me tinha escrito...se vocês soubessem como gosto de abrir aquele mail e ter alguma coisinha para ler!! Quanto mais mails e comentários recebo, mais me entusiasmo a vir para aqui escrever para vocês...é verdade que o vaginismo me trouxe muito sofrimento, mas de há uns meses para cá estou a ser compensada de tudo o que passei, tanto a nível sexual como com todas vocês que me lêem e que me escrevem... Há seis meses, quando comecei o blog, cheguei a achar que não ia ter visitantes, mas aos poucos vocês foram aparecendo e, hoje, já fazem parte da minha vida! É verdade, este blog já me deu a oportunidade de conhecer pessoas adoráveis, com as quais espero manter amizade e, quem sabe um dia, conhecer pessoalmente :).
Agora vou-vos contar mais um bocadinho da minha história, inspirada em algumas das sugestões da minha amiga Dani (sempre com ideias fantásticas, obrigada :) ).
Quando eu comecei a me exercitar com o amiguinho n.º 2, contei para a psicóloga, e disse-lhe que achava que já conseguiria fazer com o meu namorado. Afinal de contas, eles têm os dois praticamente o mesmo tamanho.
Naquela altura, os papéis tinham-se invertido. Naquele momento, eu confiava mais em mim do que ela (notava-se claramente). Perguntei-lhe se ela não achava que eu estava preparada. Ela respondeu um "sim" não muito entusiasta e disse para eu fazer da seguinte maneira: primeiro o meu namorado ia passar a me inserir o amiguinho n.º 2 quando estivessemos os dois na nossa intimidade. Mas isto estando eu deitada de barriga para baixo (para quem estiver a pensar que não deve dar jeito nenhum, concordo absolutamente!!), para não conseguir ver o que é que ele estava a meter lá para dentro (pois...) e, quando ele achasse que eu já não oferecia resistência ao amiguinho, metia o pénis (acho que nunca tinha escrito esta palavra na minha vida...já vos aconteceu se concentrarem de repente numa palavra qualquer e acharem que ela é engraçada quando apreciada ao pormenor? é o que estou achando neste momento :p). A ideia era eu não saber quando é que iria ser "o momento" da verdadeira penetração, para não oferecer resistência.
Ora bem meninas...a sugestão parece-me até ter lógica, é verdade. Mas eu não a concretizei. Apesar disso, pode ser que venha a servir para alguma de vocês um dia destes (quem sabe). Não concretizei por dois motivos. Primeiro, porque cheguei a um estado de ansiedade de querer resolver aquilo o mais rápido possível e de achar que já estava completamente preparada. Depois porque, por mais útil que me pareça a sugestão, a posição em que ela tem que ser executada não é, mesmo, das melhores. E eu não aconselho muito a tentarem nas primeiras vezes em tal posição porque dói!
Bem meninas, hoje vou ficar. Prometo que vou tentar voltar em breve. Beijos a todas

segunda-feira, 15 de março de 2010

Só para dar sinal de vida...

Olá meninas!
Estes últimos dias tenho andado preocupada em enviar currículos para começar a estagiar daqui a uns meses (aqui funciona assim na minha área, temos que mandar currículos com muuita antecedência!) e quando acabo essa tarefa não me resta muito ânimo, e principalmente imaginação, para vir para aqui escrever alguma coisinha para vocês. E é por isso que o blog anda meio paradinho...
Esta etapa de começar a enviar currículos não está a ser fácil! Andei a fugir durante uns meses...já acabei o curso no ano passado mas não tive coragem de começar logo a trabalhar. Isto porque, quando o meu curso foi chegando ao fim, fui começando a me imaginar num escritório a trabalhar na área e quanto mais penso mais me desanimo...é triste quando levamos um curso inteiro (de cinco anos!!) para percebermos que esta afinal não deve ser bem a nossa vocação. Mas tenho que experimentar primeiro antes de ter certeza que não gosto, e então aí posso tentar optar por caminhos ligados à minha área mas ao menos fora de um escritório...
Quando era pequena brincava às professoras, e sempre adorei escrever...mas não optei por nenhuma das duas áreas (se arrependimento matasse...). Eu sei que ainda sou nova, mas é complicado deitar fora cinco anos de tanto esforço...
Bem meninas, isto por aqui anda bem fraquinho, como podem ver, mas mandem-me e mails contando das vossas vidinhas e fazendo perguntinhas que eu respondo!! Prometo fazer um esforço num dos próximos dias para vos escrever alguma coisinha mais interessante!!
Beijos

domingo, 7 de março de 2010

Ter ou não ter hímen...eis a questão!

Estava a ver uma reportagem que passou esta semana na sic chamada "virgindade obsessiva", e que fiz questão de gravar, porque não consegui ver na altura em que passou na televisão, isto porque este assunto sempre me interessou de forma especial, em grande parte por ter passado seis anos da minha vida virgem (ou não, depende da perspectiva) sem ser por opção.
A definição de virgindade, se optarmos por uma visão mais "científica", e como vi uma vez no programa "Talk sex with Sue", é a situação de uma mulher que nunca foi penetrada por um pénis (com a qual eu não concordo plenamente, devo dizer). Não é uma questão de ter ou não um hímen! Até porque há mulheres que nascem sem ele, e outras que têm hímens complacentes, que podem nunca romper...então essas mulheres vão ser virgens para o resto da vida, mesmo que tenham sexo com penetração mil vezes??
É por isso que tenho a maior dificuldade em perceber (e mesmo aceitar, confesso!), a cirurgia de reconstrução do hímen. Não sei a vossa opinião, mas a minha neste aspecto é mesmo categórica! Não me considero uma pessoa inflexível, mas neste assunto sou radical, mesmo!
Então e reconstruir o hímen para quê?? Ficamos mais puras porque nos coseram a porcaria (descupem-me o termo) de uma membrana dentro de nós???
Estavam a contar a história de uma mulher que decidiu dar como prenda de aniversário de casamento ao marido a sua virgindade e então, toca a gastar uma fortuna para reconstruir o hímen.
Confesso-vos que este assunto me põe os nervos à flor da pele...ui se põe!!
Durante muito tempo tive uma raiva inccontrolável do meu hímen ("raios partam o hímen, se eu não o tivesse já tinha conseguido fazer sexo"...yeah right, era bom que fosse assim tão simples, se era!!). E sei que algumas de vocês inclusive foram levadas por médicos a tirar o vosso através de cirurgia...mais uma vez, médicos mal informados acerca do vaginismo, a velha história com a qual estamos fartas de lidar, não é meninas? Mas fizeram-nos por motivos em nada relacionados com ser ou não ser "pura", como certa gente quer acreditar...é isso e fazer sexo oral mas "o quê, romper o hímen?? Isso nunca, quero conservar a minha pureza até ao casamento!".
Minhas amigas, a minha opinião é a seguinte: Deus não gosta menos de mim porque eu faço sexo oral ao meu namorado ou deixo de fazer, nem porque já sou uma mulher bem mais feliz porque já consigo ter penetração com o meu namorado (aliás, se não acreditasse nisso, não tinha pedido um milhão de vezes nas minhas orações para Ele me ajudar a perder a virgindade, dadas as minhas circunstâncias especiais. Mas se querem ser consideradas "puras", não é um hímen que vos vai atribuir esse rótulo!! Se querem ser "puras" dessa maneira deixem-se ficar quietinhas no seu canto e limitem-se aos beijinhos... Porque, na minha opinião, que vale o que vale (pois com certeza!), é bem mais íntimo e "menos puro" ir com a boquinha lá ao dito cujo do que se limitar a abrir a pernoca...mas essa é apenas a minha opinião, claro está! A pureza está naquilo que sentimos e no que fazemos, e não em ter ou não ter hímen!
Eu, durante seis anos, carreguei apenas o lado mau da virgindade nos meus ombros...isto porque, em termos de pureza, já não a sentia, porque já fazia praticamente tudo o resto com o meu namorado, mas a porcaria do hímen (não consigo tratá-lo de outra forma, queiram desculpar-me mas os traumas custam a passam!) estava lá, a me infernizar a vida...coitado, afinal fui a ver e ele não me estava a atrapalhar em nada...quem me estava a dificultar a vida era nada mais nada menos do que eu própria...mas é por essas e por outras que detesto o raio do hímen...porque ele não significa pureza, não significa dor, mas é sobrevalorizado pela maioria das pessoas, e isso irrita-me profundamente!
P.S. Não se assustem, meninas, não fui possuida por nenhum ser maquiavélico, mas precisava expressar a minha opinião sobre o assunto, até porque ele está bem relacionado com os seis anos em que sofri com vaginismo...ai se está!!

quinta-feira, 4 de março de 2010

As fotos prometidas

Meninas,
Eu não sei quanto tempo estas fotos vão aguentar vivas no meu blog! Confesso que o formato do amiguinho n.º 2 é tão real que acho que não vou conseguir mantê-lo aqui por muito tempo (e espero que me perdoem se daqui a uns dias as fotos desaparecerem daqui)...Por favor digam-me se é normal eu estar com este medo todo de pôr a porcaria das fotos no blog... Sei lá, tenho medo que alguém venha dar com este blog através de pesquisas manhosas, se é que me entendem... E não quero nada disso para o meu querido bloguinho, já gosto tanto dele!!
Bom, mas vocês merecem o esforço e, como quero MESMO vos ajudar, andei a medi-los com fita métrica para quem não conseguir ter uma noção real só pelas fotos. Então vamos a isto!

O amiguinho n.º 1 (o azul, que está aqui ao lado) tem 14 cms de cumprimento (retirando a parte preta, das pilhas), se bem que, como todas sabem, para nós, vagínicas (já disse que detesto este nome? por isso é que nunca o tinha usado antes...) o mais importante é mesmo a grossura (ui, as piadas que as pessoas "normais" fariam com esta afirmação se a lessem!!) porque quando conseguimos essa parte o comprimento não é tanto um problema... e tem quase 2 cms de largura (mas a partezinha do início, a que entra primeiro, é mais fininha um pouquinho, como aliás o pénis "normal" e isso ajuda muito).



O amiguinho n.º 2, retirando a parte dos testículos (até tal coisa existe no amiguinho, é verdade, não os pus na foto para ele não parecer ainda mais real (conseguem ver só o iniciozinho na foto, em baixo), mas acho que não é relevante para o caso, até porque essa parte não dá para entrar dentro de nós, certo?) mede pouco mais de 9 cms de comprimento (sim, mais pequeno em tamanho que o n.º 1) e de largura tem à volta de 3 cms mas a parte do início também é mais fininha um bocado, por isso nada de se assustarem.


Agora vocês perguntam-se "qual a largura do pênis "normal em comparação com os amiguinhos?" Boa pergunta, à qual eu também não sei responder! Às meninas que tenham coragem de perguntar aos seus homens, coloco aqui o desafio...até porque pode ajudar na comparação. Não garanto que eles vão saber responder porque o orgulho estúpido (na minha modesta opinião) que os homens têm com o seu "material" é apenas quanto ao cumprimento...quando é que eles percebem que o importante, quer para vagínicas quer não, é a grossura?? Enfim...).Eu acho que terá à volta de 3,5 cms, ou 4cms os mais avantajados, não sei. Mas a minha vasta experiência sexual resume-se a um homem portanto não se fiem muito...foi um mero palpite!

Quanto ao amiguinho n.º 3, que me deu, efectivamente a cura do vaginismo, lamento mas esse só a Deus e a mim pertence, pelo menos por enquanto e, como tal, desenganem-se se pensavam que iam existir fotos do "verdadeiro" amiguinho :p (haha, brincadeirinha meninas!!).
Agora resta-me mandar imediatamente estas fotos para a reciclagem ( e rezar para que nunca ninguém as encontre...) e torcer para este bloguinho do meu coração não se torne numa resposta para quem pesquise no google por "vibradores" ou algo bem pior...
P.S. Fiz o maior esforço por conseguir ser o mais discreta possível com as fotos e, ao mesmo tempo, vos dar uma noção de como são os amiguinhos. Por favor digam-me se deu para ficar com uma ideia e desculpem se não consegui fazer melhor...

segunda-feira, 1 de março de 2010

Olá a todas!!
Estava a pensar nos meus "amiguinhos" (os vibradores, que vão passar a ser chamados assim, chamem-me púdica mas não gosto do termo...) que me ajudaram no meu tratamento e fui lá desenterrá-los ao fundo da gaveta mais escondida que existe nesta casa, não vá a minha mãe encontrá-los num dos seus passatempos preferidos, que é fazer limpezas a fundo, e constatar que a sua rica filha tem uma colecção de amiguinhos...é que ficar com a fama sem ter o proveito de brincar com eles é tramado, não é??? Para as mais curiosas, a resposta é não, nunca brinquei com eles =p. Eu sei, é um desperdício de dinheiro...já que fiz o investimento devia fazê-lo render não é verdade? Brincaderinha!!
Entretanto ocorreu-me tirar uma foto aos ditos cujos para vocês terem uma noção melhor do tamanho deles...há interessadas nisso? Vale a pena meninas? Mas, antes que se entusiasmem demais, tenho que vos confessar uma coisa que até já não me lembrava. É que o amiguinho mor, ou seja, o grandalhão, já não existe. Foi atirado para o lixo, envolto num rolo inteiro de papel higiénico, num caixote sabe Deus onde...sem nunca ter chegado a ser usado!! Pois é meninas, lamento desiludir-vos, mas acreditem, ele era demasiado grande (já vos tinha dito que não sei onde é que tinha a cabeça quando decidi comprar tal coisa! toda a gente tem ataques de estupidez de vez em quando, ok :p?). E, claro, ele teve esse final triste porque, além de ter nascido já com um destino trágico traçado (afinal de contas, qual é a mulher que quer comprar uma coisa daquelas, que nem pilhas tem (não sei se vocês no Brasil também chamam pilhas, digam-me se não perceberam porque esta palavra pode ser mal entendida e não convém que o seja...porque pelo menos aqui em Portugal existe uma bem parecida com um significado bem sexual :p), mole e gigante? Eu, do alto da minha pouca experiência, pergunto-me que tipo de prazer é que aquela coisa pode dar em alguém. Eu não sei. Mas o facto é que há gostos (e vaginas, devo dizer, porque a minha ainda não tem tanta elasticidade quanto isso!) para tudo (e é que há mesmo, ouve-se com cada história!! Mas adiante que isso não interessa para o caso).
Mas como eu dizia, além disso, se a minha mãe encontrasse esse amiguinho n.º 3, aí ela era capaz de ter um ataquezinho...é demais para o coração de uma mãe!
Agora vou responder às perguntas que a Dani me fez no post sobre a minha primeira experiência com o amiguinho n.º 2 (gostei muito das perguntas amiga, venham mais dessas que só me ajudam a vos ajudar!! quantas mais melhor!!).
Ela perguntou se eu pratiquei muito com o amiguinho n.º 1 antes de passar para o 2. Meninas, foi tão surpreendentemente fácil a experiência com o 1 que não voltei a tocar nele. Mesmo! Que isto vos sirva de incentivo! Mas ele também não é assim tão grosso, é quase 1/3 da grossura dum pénis "normal" (digamos assim). Já o amiguinho n.º 2, esse já mete respeito!!
Quanto à pergunta se eu fiquei muito tempo com o n.º 2 na primeira vez, a resposta é não. Até porque isso seria bem complicado. Não se assustem! Mas é que é bastante desconfortável as primeiras vezes. Mas faz-se bem (a vontade é muita e o nosso psicológico já está diferente nessa altura). Temos é que ter muita persistência porque não é agradável, isso não é!
Não tenho certeza absoluta mas provavelmente na primeira tentativa o que fiz foi só pôr quase todo e tirar bem devagarinho (tem que ser devagarinho mesmo ) metade e voltar a entrar mais um pouquinho (muito devagarinho mesmo!!!) e depois tirar (sim, devagarinho, acho que vocês já perceberam a ideia, não digo mais nenhuma vez :p).
Bom meninas, agora vou andando. E digam-me qualquer coisa se querem que agarre na minha máquina fotográfica e ponha mãos à obra, ok? Fico à espera!
Beijosss

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Quero notícias vossas!!

Só pra dizer aqui o "consultório" voltou a funcionar a 100% (acho que já deu para perceber...este é "só" o terceiro post que faço hoje...) e que tenho saudades dos vossos mails com perguntinhas para eu responder e com histórias para eu ler, ok meninas?
E para aquelas que me prometeram contar as cenas dos próximos capítulos e nunca mais deram um ar de sua graça (isto, claro, se passarem por cá e lerem isto!), agradecia novidades meninas!! Então anda uma pessoa para aqui a contar a sua vidinha toda e não recebe nada em troca :( ?? Quero mails meninas!! Tou a contar-vos a minha vidinha praticamente toda, mas também quero saber a vossa, combinado? Toca a escrever aqui à K.
P.S. Amor perfeito, Dani, Permitirme e C., as meninas têm se portado bem e então este post não é pra vocês, ok minhas queridas :)?

Mais umas comprinhas e mais uns exercícios

Este post é dedicado a quem já está farto das minhas lamentações. E, para compensar-vos da melhor maneira que posso (e como podem imaginar, não vai ser propriamente fácil falar deste assunto mas mais vale agora porque depois a situação pode ficar ainda mais dramática), vou continuar na história que vos interessa verdadeiramente.
Então, e no seguimento do post do dia 31 de Janeiro (ao tempo que isso já foi...), eu tinha vos contado que experimentei o dildo anal e que aquilo funcionou à primeira com a maior das facilidades. E então, voltei à sex shop uns dias depois para ir "reforçar o stock de brinquedos". Mais uma vez, fui acompanhada das minhas fiéis companheiras (adoro-vos minhas lindas! ainda não falei delas mas vou falar!! porque elas foram mesmo muito importantes para a minha luta!).
E então, cheguei lá e comecei a analisar a oferta. Para todos os gostos, sem dúvida, coisas inclusive que não sei para que é que servem (viva a imaginação!!) mas também já havia lá coisas capazes de caber em mim. Ah pois é! Ir a uma sex shop deixou de ser tão desinteressante quanto ver uma luta de boxe. Aliás, há uns meses seria bem menos frustrante ver uma luta de boxe (para as meninas que ainda possam preferir ver uma luta de boxe neste momento, nada de desanimar e toca a meter mãozinhas à obra, ok?).
E então não é que saí de lá com dois vibradores (que não foram usados para essa função) e ainda com um cartãozinho de cliente??? Eu bem que tinha insistido na semana anterior que não era preciso, mas a minha "amiga" Simone, entusiasmada pelo meu regresso, já me fez o cartãozinho sem perguntar nada, não fosse eu passar a comprar um vibrador por semana, quem sabe...e aquilo quando fazemos 100€ em compras até dá um desconto jeitoso!
Atenção, não estou a dizer que não volto lá, nem tenho nada contra! Pelo contrário (mas não vamos falar agora na minha actividade sexual para os próximos tempos, ok? Só a do passado!).
Claramente exagerei na dose! Cheia de orgulho do meu primeiro encontro com o dildo anal e sem querer voltar à loja nos próximos tempos, comprei um dildo de tamanho praticamente de um pénis dito "normal" e um exageradamente grande (onde é que eu tinha a cabeça minha gente???) e, ainda por cima, mole, que não ajuda lá muito...).
No mesmo dia em que fiz as minhas compras, experimentei logo o de tamanho "normal".
Mais uma vez, muita água quente em cima dele antes de tudo, muito lubrificante nele e à volta da vagina e toca a experimentar.
Meninas, não vou mentir nem vos vou iludir, até porque estamos a falar de uma pessoa com vaginismo já na fase em que está a experimentar um dildo do tamanho de muitos pénis reais. Eu consegui. À primeira. Sim, é verdade. Mas foi bem devagarinho porque aquilo doi um bocadinho. Afinal de contas tinha mesmo que doer, não é verdade? E, para quem defina a virgindade como a rompimento do hímen (eu prefiro uma versão mais romântica, confesso!), esse foi basicamente o dia em que perdi a minha virgindade.
Não senti isso, não sangrei, nada disso!
E vou aproveitar para vos explicar uma coisa que não me lembro se já vos disse mas que não acho demais recordar porque é importante, e que foi explicado pela minha terapeuta.
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, não é o rompimento do hímen que faz a mulher sangrar na primeira vez. Até porque o hímen é uma membrana bem fininha que NÃO DOI a romper. O que doi, meninas, é o atrito do pénis nas paredes da vagina, porque aquele é um espaço que nunca antes tinha sido tocado e por isso há essa dor na mulher.
O que quer dizer que, para nós, que passamos por um processo de dildos/dilatadores antes de estar com um homem, a nossa "perda de virgindade" é diferente da das outras mulheres...para melhor!! Isto em termos de dor física, ou seja, daquela dor que todas as mulheres sentem na primeira vez (e não a dor que as mulheres com vaginismo sentem, que é causada pela força que fazem).
Daí que, se vocês tentarem várias vezes (muitas!) com os dildos/dilatadores de tamanho do pénis várias vezes antes de estar com um homem, o vosso sofrimento vai ser basicamente com os dilatadores. Claro que na hora de tentar "de verdade" com um homem vai ter aquele nervoso extra, óbvio, mas nessa altura lembrem-se que já vão sentir outra segurança que não sentem agora...trust me ladies!!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Hoje não consigo ajudar. Hoje sou eu quem precisa de ajuda. Hoje, sinto um aperto gigante no meu coração. Hoje, o meu mundo, pelo menos aquele em que eu vivo há mais de 10 anos, está por um fio. Aliás, se eu fosse a pessoa corajosa e forte que gostava de ser, não estava sequer por um fio.
Mas não sou. Sou uma fraca. Sou masoquista. Sou alguém que tem que bater a porta numa etapa da sua vida mas que, ao invés disso, espera que lhe batam à porta e que lhe digam que foi só um pesadelo, que nada vai terminar, e que tudo pode ser perfeito, quando eu sei, já tive todas as provas, que não pode! Não pode!
O que é que se faz numa situação destas? Contentamo-nos com o que temos, que até nos faz feliz (e não é pouco), ou decidimos, finalmente, dar um novo rumo à nossa vida e confiar que vai aparecer a verdadeira felicidade plena?
Será que a felicidade "pela metade" é suficiente?? Mas, e se não houver mesmo felicidade maior que aquela que já temos? E se, ao tentarmos procurar uma felicidade plena que não existe, acabarmos perdendo o grande tesouro que tínhamos na nossa vida?
Eu sei que há pessoas à fome. Eu sei que há pessoas sem tecto. Eu sei que há pessoas verdadeiramente infelizes. Eu sei que tenho todos os ingredientes que podem fazer de mim uma pessoa realizada e feliz. Mas, hoje, para mim, a minha dor é maior do que a de toda a gente. Porque hoje pode ser o dia em que vou dar um ponto final a um longo caminho que venho traçando acompanhada praticamente desde que me conheço. E não sei se estou preparada para continuar a caminhada sozinha...
P.S. Peço desculpas pelo meu estado de espírito hoje, e por vir para aqui transmiti-lo. Se calhar amanhã chego aqui e arrependo-me e apago o texto. Mas neste momento precisava mesmo "despejar" para algum lado senão rebentava!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Eu, K., 23 anos, carta de condução há quase cinco anos

Peguei hoje num carro sozinha, pela primeira vez na minha vida (debaixo de chuva!!), e fui ao supermercado. Eu, pela primeira vez, peguei num carro para ser útil!! Já tinha pegado algumas vezes, mas sempre para fazer exercícios que a terapeuta mandava, aí não dava para sentir bem que estava sendo útil. E então ela disse-me que eu precisava mesmo de ir ao supermercado (que é o trajecto mais fácil para eu fazer por enquanto) para sentir que estava a fazer algo mais do que "exercícios terapeuticos". O carro ficou mal estacionado (confesso! :p), mas também não fugi de um estacionamento difícil!
Pois é meninas, estou orgulhosa de mim mesma!! Não vejo a hora de poder ir para onde me apetecer à hora que me apetecer sem ter que apanhar o autocarro ou pedir boleia ao meu namorado, já chega disso!!
Está quase :)!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Voltei!

Eu sei, foi uma viagem tão rápida que nem deu para sentirem saudades minhas :p, mas, acreditem meninas, eu tive saudades vossas, saudades do meu blog, que a cada dia que passa sinto ser mais útil para vocês...obrigada por me deixarem partilhar a minha história por vocês, obrigada por me fazerem sentir que o sofrimento pelo qual passei pode ter algo de positivo!!
A primeira coisa que fiz quando liguei o computador, depois de três dias sem internet (meu Deus, como é que já fomos capazes de viver sem internet??), foi ler os vossos comentários ao meu último post. E tenho algumas respostas a dar mas, com mais tempo, vou fazer tudo isso. Agora tenho muita coisa para pôr em ordem, mas não conseguia ir para a cama hoje sem vos dar um olá :)!
Beijos para todas!
P.S. A viagem foi óptima, o lugar era lindo, mas a verdade é que passeámos mais do que namorámos :p...sabem quando ficamos hospedadas numa casa de pessoas tão queridas (que não conhecíamos antes mas foram uns amores!) que sentimos que namorar lá é quase pecado? Foi essa a situação :p

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A conversa

Olá a todas!
Vou só começar por responder à Daniela, que me perguntou porque é que eu entrei em pânico quando a minha médica me falou do tratamento. Então, isso aconteceu porque ela me disse que a parte final do tratamento consistiria em inserir dilatadores (do que me recordo, mas esperem, o mais grave não é isso...sim, digo grave porque no dia em que ouvimos falar pela primeira vez no tratamento, quando nos sentimos mais "fechadas" do que as portas de uma prisão, essa ideia não é muito animadora) e que isso em princípio teria sucesso mais rápido se fosse feito no consultório...sim, no consultório!! Imaginam agora o pânico de uma pessoa, com vaginismo, a se imaginar de pernas abertas no consultório a inserir dilatadores com um especialista??mau demais, não é?? Se bem que, caso aconteça a alguma de vocês, acredito que seja mais constrangedor do que propriamente difícil, porque a dificuldade é a mesma, mas acho que não perdem nada em tentar vocês primeiro se o médico sugerir essa ideia). Mas não foi nada disso que acabou por acontecer, graças a Deus (ou me portei bem ou ela mudou de ideias, não sei bem qual delas foi a verdadeira).
Mas então agora, e tentando não me alongar demasiado (como faço sempre!!sou uma chata!!) vou-vos resumir A conversa, em que disse à minha mãe que estava curada. Ao lerem as linhas que se seguem, tenham em conta que quando, há quatro anos, eu contei à minha mãe que não conseguia ter relações com penetração, nem eu nem ela sabíamos que existia o vaginismo e ela, igual a si própria, desvalorizou logo o problema.
Não me lembro da conversa toda, como é óbvio, por isso vou-vos contar as partes mais importantes que me lembro. Depois quero opiniões sinceras sobre se contei da melhor maneira ou não, pode ser meninas?
Então eu comecei por lhe dizer que a médica ainda se lembrava do meu caso, e disse que até compreendia isso, porque a minha situação não era propriamente normal. Ela não deu muita atenção ao que eu disse (ou fingiu não dar...lembrem-se, meninas, a minha mãe é perita em relativizar problemas, o que nem sempre é bom, acreditem!). Mas eu insisti na conversa, porque queria contar-lhe mais.
E então disse-lhe que o problema que tive era psicológico e perguntei se ela fazia ideia que existia aquele problema. E ela, nunca dando parte de fraca "existem problemas psicológicos de todo o tipo, é natural que também existam relacionados com isso". Ok, mas a minha questão era se ela fazia ideia da existência dele. Claro que não (era a resposta sincera que ela, e qualquer uma de nós há uns tempos, teria dado).
E depois expliquei-lhe que era um problema relacionado com ansiedade, e que era mais comum em pessoas com traumas sexuais, tipo violações. Mas que, como ela sabia, não era o meu caso. E não sei como é que a conversa chegou lá mas eu disse qualquer coisa que ela respondeu "Ih, não me digas que fui eu que causei isso!" e eu respondi "Alguma coisa causou!". E expliquei-lhe que, por ela não aceitar o meu namoro no início, eu sentia que era errado estar com ele, e que isso se prolongou até eu ser mais "velhinha" e começar a tentar as primeiras relações sexuais. Mas ela nunca se desarmou, disse que como era óbvio não me ia incentivar a ter relações sexuais com 12, 13 anos, quando eu comecei a namorar (mas quem é que falou nisso??) e que depois não me proibiu de nada (mentira!!). E que eu tinha que aprender a pensar pela minha cabeça o que é certo e o que é errado, que mesmo eu sou assim em tudo na vida, muito nervosinha e muito de prestar demasiada atenção a coisas que não devia e, depois, fico com problemas de ansiedade. Basicamente, meninas, a culpa é minha, não dela!! Foi isto que ela quis dizer com certeza. Enfim...
Confesso que às vezes ponho-me a pensar e chego à conclusão que ela tem o seu ponto de vista, porque não é normal um adolescente levar tão a sério e cumprir tão "à risca" os supostos desejos dos seus pais e ter tanto medo de desapontar. Não é! Num ponto ela tem razão, nós temos que pensar pelas nossas cabeças, não pela dos nossos pais. Os meus nunca me disseram que sexo antes do casamento (ou com determinada idade) era errado. Mas não aceitavam o meu namoro!
E para vocês verem como eu estou curada mas o trauma continua lá bem presente, no fim de semana passado os meus pais foram passá-lo fora (voltavam no dia seguinte de manhã), o meu irmão mais novo foi passar o fim de semana com a namorada (quando é que eu ia ter essa permissão com aquela idade?!) e eu não consegui ficar calma enquanto o meu namorado não voltou para casa dele (tinhamos ponderado de ele dormir lá na minha casa), porque eu não sentia que estivesse a fazer a coisa certa. Eu, que, aqui, em Lisboa, vivo com o meu namorado (com o conhecimento e apoio dos meus pais), vou a casa dos meus pais e faço isto!! Não sou normal!! Mas que é que posso fazer?? Infelizmente, há coisas que nunca mudam!
P.S. Só para dizer que, como acabei, finalmente, os meus exames, vou comemorar o dia dos namorados como deve ser e só volto no Sábado portanto até lá em princípio não vão ter notícias minhas. Beijos a todas!