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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Novidades da terapia semanal

Antes de mais, acho que estou (pelo menos) oficialmente curada no que toca à condução.
A médica já me tinha dito que esta semana era para eu arranjar um endereço qualquer onde nunca tivesse ido mas numa zona que conhecesse minimamente (claro).
Sabem, mais uma vez foi daquelas coisas que eu só fiz porque foi com a terapeuta. Porque não me apetecia mesmo nada fazer. Porque estava bastante ansiosa. Porque estava sol e queria ir para a praia com o meu namorado. Porque pensei "eu já estou curada, que seca, não me apetece ir fazer isto". Mas tinha consulta marcada, tive que ir.
E porque é que eu estou pelo menos oficialmente curada? Porque fui (mais ou menos...) obrigada a fazer a rotunda do Marquês de Pombal (para as meninas brasileiras, é a rotunda maior e mais temida pelos condutores da minha categoria, com cinco filas),e não é que consegui?? É verdade!

E isto funciona exactamente como o vaginismo. Primeiro porque basta passar uma vez num lugar que eu nunca tinha passado antes que já o desmistifico e a partir daí passo a fazê-lo, ainda com algum medo, mas vou fazendo e aos poucos torna-se um lugar seguro. E depois porque apesar de eu neste momento estar curada, não sou ainda propriamente um Colin Mcrae (é piloto de Fórmula 1 não é? nem sei se se chama assim, mas vocês percebem a ideia :p) e ainda tenho medos. Mas já não evito. E, tal como no vaginismo, vou continuar a treinar aos poucos, até ao dia em que já não me vai custar absolutamente nada e só vou retirar a parte boa de conduzir.

Quanto àquela história da tricolo qualquer coisa (aquilo de arrancar os cabelos), tenho boas notícias. Eu não sofro disso, porque isso consiste mesmo em agarrar nos cabelos, um por um, e puxá-los mesmo com força para arrancar. Eu não faço isso. Puxo e dá-me prazer se vier cabelo (é um facto, tenho vergonha de dizer mas é um facto, e daqui a uns meses também vai deixar de ser, espero!), mas não arranco daquela maneira. Aliás, não era capaz. Isso deve doer!!
E então quanto a puxar o cabelo a dica é consciencializar-me de quando estou a fazê-lo, e quando isso acontecer tento imobilizar as mãos durante um tempo, ou ocupá-las com um objecto qualquer, ou se o meu fiscal (mais conhecido por namorado :p) estiver por perto agarra-me na mão gentilmente e dá-me um abraço (isto porque as pessoas não precisam saber que estão perante uma obcecada em puxar o cabelo, right?). E não é preciso continuar na terapia por causa disso =).

A médica perguntou-me quais eram os meus objectivos agora na terapia. Eu disse-lhe que, sinceramente, já me sinto uma pessoa "normal", e acho que consigo lidar sozinha daqui para a frente com os problemas que tenho (até porque não vou ser propriamente jogada no mundo sozinha, tenho família e amigos!!). Então agora, para não ser uma separação dura (cisto de ter uma relação de quase dois anos com a psicóloga é mais do que duram muitos namoros e cria alguma dependência, a verdade é essa!!) vou voltar ao consultório daqui a duas semanas, depois daí a um mês, depois daí a três meses e então, aí, estarei definitivamente "largada" nesse mundo cruel por minha conta e risco.
Parece-me bem. Acho que já está na hora. Foi bom enquanto durou, mas agora há que pôr um ponto final na nossa história (:p). Acho que estou pronta para continuar o caminho pelos meus próprios passos, sem muletas. Já sou grandinha, já faço sexo, já conduzo...acho que sim, que já faço tudo o que as pessoas crescidas fazem, por isso tenho que ter vida de pessoa crescida. Não é verdade?
Beijos para todas (das mais recente condutora oficial de Lisboa...que está com medo de levar o carro hoje para a faculdade porque o namorado foi passar o fds fora e se alguma coisa correr mal ele está a 200km de distância, mas que VAI levar a porcaria do carro, ai vai sim senhora!!)

P.S. Ontem atendi o telefone ao meu pai quando estava a conduzir, pela segunda vez esta semana, só para dizer que não podia falar porque estava a conduzir. E ele ficou tão orgulhoso (eu sei que foi por isso) que praticamente gritou um "ADORO-TE" que o que queria verdadeiramente dizer era "estou tão orgulhoso da minha menina!". E estas coisas sabem sempre bem aos ouvidos! Sabem ou não sabem?

4 comentários:

  1. Oi, amiguinha!
    Esse teu post de hoje está com cara de último capítulo de livro, sabe? Em que a gente fica feliz porque finalmente a personagem principal conseguiu tudo o que ela queria e viveu feliz pra sempre! :D
    Parabéns por todas as suas conquistas, viu? Te admiro muito!
    Bjs

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  2. Oi K.!!! Concordo com a Daniela Barros de que o teu post tá com "cara" de último capítulo...rsrsrs!!! Mas te desejo tudo de bom. Ah, ontem foi minha primeira consulta com a terapeuta sexual pra tatar do "meu" vaginismo. Confesso que fiquei nervosa a princípio. Foi estranho falar do meu problema tão abertamente. Ela disse que vamos trabalhar os meus medos.Sim, não tenho só um não, tenho vários!!!!rsrsr!!! Menina, não consegui ainda fazer um email novo... Tô ficando chateada com isso.rsrsrs!!! depois volto. Bjsss!!!!

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  3. K.,
    Que alegria saber de tanta coisa boa: você merece essa conquista, essa felicidade toda. Seu pai tem vários motivos (mesmo sem saber do que vc passava) de estar orgulhoso de você.

    Bjs da amiga também orgulhosa de ti

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  4. Parabéns por tantas aquisições! Fico feliz por ti e com uma pontinha de ciúme pois o meu vaginismo ainda está por curar... E como tu, tenho outros problemas, um deles é arranjar emprego, tipo acho que não sou capaz e acabo por desistir quando surge uma oportunidade... :-(

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